O instinto ancestral de caça dos felinos se mantém até hoje, passado tempo de sua domesticação. Poucas coisas são mais divertidas do que assistir um gato correndo, escalando, saltando, espreitando e atacando o que julgam ser uma presa perfeita. A forma mais interessante de interagir com nosso bichano é estimulá-lo com brincadeiras.
No entanto, é necessário tomar muito cuidado na escolha dos brinquedos que oferecemos a eles. Um novelo de lã, um pedaço de fio-dental, barbante ou até mesmo enfeites natalinos, objetos aparentemente inofensivos, podem causar grande transtorno ao felino em caso de ingestão.
A ingestão de corpo estranho linear pode resultar, com certa freqüência, em laceração da parede intestinal. Por se tratar de uma emergência clínica com risco de óbito, é imprescindível que o felino seja rapidamente encaminhado ao veterinário caso tenha sido observado o momento da ingestão ou haja suspeita de que possa ter ocorrido. O diagnóstico precoce é um fator determinante para instituir a melhor conduta clínica e possibilitar maior sobrevida. Os proprietários devem estar atentos a sinais como vômito, febre, prostração e dor abdominal.
Lembre-se de manter os objetos em questão fora do alcance dos felinos, evitando surpresas indesejáveis. Escolha brinquedos que incentivem comportamentos de caça e que ocupem o seu gato, sempre com critério e atenção a saúde do bichano. Como alternativa, podem ser ofertados ratinhos ou bolinhas contendo ‘erva do gato – catnip’ em seu interior. Esses brinquedos são muito atrativos – os gatos adoram. Uma simples bolinha de papel alumínio (de tamanho maior que sua abertura bucal) e rolos de papelão provenientes do papel higiênico podem também fazer bastante sucesso. Variar os brinquedos é condição essencial para a manutenção do estimulo de caça e a parceria dos donos é sempre um incentivo a esse hábito.
Dra. Danielly Belmonte
Clínica Médica, Geriatria e Nefrologia Veterinária
Diretira iemev